Um ex- lutador que vive de suas glórias, duvidosas, passadas treina seu irmão para que este seja um verdadeiro vencedor, tudo seria simples e muito bonito se o irmão\treinador não fosse viciado em crack e perdesse a hora dos treinos e as lutas do irmão. O Vencedor vem com uma trama batida e manjada para contar uma história real e o que traz para acrescentar neste gênero é a discussão familiar acima das lutas, não é no ringue que Micky enfrenta seus adversários é em casa com sua família e ele só conseguirá chegar ao topo se ultrapassar obstáculos pessoais. A trama é bem estruturada nas intrigas familiares e pessoais e tem uma sacada inteligente em buscar a interação com o público, e também a virada na história, através de um documentário que está sendo feito baseado na vida de Dicky, o irmão viciado. Christian Bale mais uma vez osmóticamente se funde ao personagem criando em um personagem canastrão uma pessoa densa e profunda com seus diálogos clichês e mesmo assim acertivos. O Vencedor tem sua lição de moral ao final, mas na verdade a lição já vinha desde o início e talvez continue mesmo depois do fim da projeção.
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